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Os transtornos alimentares (TA) são distúrbios na alimentação ou no comportamento alimentar. Consequentemente, o consumo, e em alguns casos, a absorção de alimentos são alterados, comprometendo a saúde física e/ou o funcionamento psicossocial. Dentre os TA com maior incidência estão a Anorexia Nervosa (AN) e Bulimia Nervosa (BN), destacando-se também o Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA). Ao analisar os achados da literatura sobre AN e BN, entende-se que mulheres jovens inseridas em um ambiente sociocultural, que prezam pelo corpo magro, são mais suscetíveis a desenvolver TA. O principal objetivo deste estudo foi analisar se as universitárias de Nutrição de uma universidade do Rio Grande do Sul apresentam risco de desenvolver TA. Através da plataforma Google Forms foram aplicados os questionários Eating Attitudes Test (EAT- 26), que avalia comportamentos alimentares de risco, e o Questionnaire on Eating and Weight Patterns Revised (QEWP R), que investiga atitudes de risco para TCA. Obtemos os seguintes resultados: O número total de participantes foram 22 mulheres, com idade média de 23,73 ± 5,18 anos. A população de universitárias apresentou 36,4% (n=8) de risco para AN e BN; já para o risco de TCA, observamos presença de risco em 4,5% (n=1). Encontramos associação estatisticamente significativa (p=0,010) entre o autoconsumo de alimentos e a média de idade de 20,50 ± 1,0 anos. Concluímos que os resultados apontam para a presença de risco para TA em uma parte da amostra, e que, a forma física e o peso impactam de maneira negativa em como as alunas se autoavaliam. |