Efeito da osteopatia nas patologias respiratórias: revisão sistemática

Autor: David Ferreira, Mariana Costa, Miguel Couto, Rafaela Barreira, Sara Pereira, Helena Sousa, Natália Campelo
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: RevSALUS, Vol 5, Iss Sup (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2184-4860
2184-836X
DOI: 10.51126/revsalus.v5iSup.634
Popis: Introdução: As principais causas respiratórias de doença severa e morte a nível mundial são o cancro no pulmão, na traqueia e nos brônquios, a tuberculose, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a asma e a pneumonia. O tratamento manipulativo osteopático (TMO) tem vindo a ser relacionado com o relaxamento das vias aéreas, o tónus da musculatura lisa, melhoria biomecânica da caixa torácica. Objetivos: Determinar os efeitos da intervenção osteopática ao nível da sintomatologia e qualidade de vida de sujeitos com patologias respiratórias, nomeadamente asma, DPOC, pneumonia, cancro da traqueia, pulmão, brônquios e tuberculose. Material e Métodos: Procedeu-se a uma pesquisa sistemática na Pubmed a 30 de abril de 2022. Com base nos critérios de inclusão e elegibilidade, consideraram-se estudos experimentais randomizados e controlados (RCT). A seleção dos artigos, recolha de dados e avaliação da qualidade metodológica com a Cochrane Risk of Bias Tool, foram realizadas por dois revisores independentes, com terceiro em caso de discordância. Resultados: Identificaram-se 24 RCT. Foram incluídos oito, que apresentavam riscos de viés altos ou incertos. Não foram encontrados artigos relativos à tuberculose, cancros da traqueia, pulmão e brônquios. Relativamente à asma, num estudo, verificou-se um aumento médio de 4.8% no PEF no grupo TMO versus de 1.4% no grupo controlo. Num segundo estudo, quando comparado com o grupo controlo, o grupo TMO não houve resultados significativos. No terceiro estudo, os valores médios de FEF 25–75%, FVC, e FEV1 foram maiores no grupo TMO comparativamente ao grupo controlo. Relativamente à DPOC, num primeiro estudo, comparado com o grupo simulado, o grupo TMO apresentou uma diminuição no fluxo expiratório forçado a 25% e 50% da capacidade vital e na fase expiratória média, volume de reserva expiratório e resistência das vias aéreas. Num segundo estudo, no 6 Minute Walk Test, verificou-se no grupo TMO melhorias (p=0.01). Num terceiro estudo, a espirometria não apresentou valores significativos quanto a FVC e FEV1 total. Nos dois artigos da pneumonia não se observaram melhorias significativas. Conclusões: Os estudos sugerem eficácia da TMO na sintomatologia e qualidade de vida em algumas patologias respiratórios, contudo a qualidade metodológica é limitada.
Databáze: Directory of Open Access Journals