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O artigo indaga sobre a persistência do mecanicismo como regulador de práticas relacionadas à alfabetização, retomando as proposições pela prática investigativa. Primeiramente, é proposta a discussão acerca de orientações impressas ao pensamento, através do questionamento de uma herança: a perspectiva cartesiana. Uma breve passagem sobre as matrizes da ciência moderna sinaliza a tendência da alfabetização a ser reduzida à generalização e linearidade, discutindo como as ideias de aplicabilidade teórica e de universalização interferem na prática. A seguir, a partir da apresentação de alguns achados de pesquisa, a autora recorre à proposta da "alfabetização como prática de investigação permanente", ideia advinda de vários autores que defendem o conhecimento dos direcionamentos oferecidos à alfabetização, quando alimentada pela pesquisa. A conclusão aponta para o aproveitamento dos esforços intelectuais dos que se dedicam à alfabetização, no sentido de que sejam diluídas as fronteiras que fragmentam saberes de naturezas distintas e de que o ensino da escrita seja favorecido através de um mergulho epistemológico. |