Colelitíase assintomática: quando operar?

Autor: Sergio Ibañez Nunes, Carolina de Mendonça Brandão Pinto, Eduardo Cardozo Lima, Carolaine Bitencourt Ferreira Fernandes, Geysler Aurélio Pereira, José Antônio Chehuen Neto
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: HU Revista, Vol 33, Iss 3 (2008)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0103-3123
1982-8047
Popis: A colelitíase pode apresentar-se de três formas: assintomática, sintomática e complicada. A conduta nos pacientes assintomáticos é frequentemente controversa. Com o objetivo identificar as condutas de gastroenterologistas e cirurgiões frente ao diagnóstico de colelitíase assintomática e estabelecer um consenso, foi enviado um questionário com 21 quesitos a 23 gastroenterologistas, 108 cirurgiões gerais e 101 cirurgiões do aparelho digestivo. Os participantes do estudo concordaram quanto à indicação de colecistectomia nos seguintes quesitos: diagnóstico ultra-sonográfico de colelitíase; cálculos abaixo de 0,5cm, assim como acima de 2cm; vesícula em porcelana; pacientes abaixo de 20 anos; portadores de anemia falciforme e diabetes e concomitante à laparotomia por causa não biliar, utilizando a mesma incisão. Apenas cirurgiões gerais e do aparelho digestivo indicam colecistectomia: nos pacientes assintomáticos acima de 60 anos; na presença de obesidade mórbida, de dois ou mais fatores de risco para calculose; na cirurgia abdominal com necessidade de ampliar a incisão; nos pacientes com sintomas dispépticos e endoscopia normal, refratários ao tratamento clínico ou com sintomas atípicos; na mulher com perspectiva de futura gravidez e conforme o desejo do paciente. Em pacientes assintomáticos acima de 70 anos, apenas os cirurgiões do aparelho digestivo indicam colecistectomia. Os profissionais concordam com a não-indicação de colecistectomia nos candidatos a transplante hepático. Verificamos, portanto, que há concordância na conduta em 11 dos 21 quesitos pesquisados (52,3%), havendo divergência nos itens restantes (47,7%). Deste modo, em concordância com a literatura, ainda não ser possível estabelecer um protocolo de condutas frente à colelitíase assintomática que satisfaça a clínicos e cirurgiões.
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