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Contexto: Durante crises sanitárias, como a causada pela COVID-19, a urgência na tomada de decisões altera o processo de processamento de informações, exigindo medidas embasadas em evidências científicas e respeito aos direitos humanos. O objetivo deste estudo foi caracterizar o desenvolvimento da pandemia em Curitiba - PR e Fortaleza - CE, levando em consideração os casos confirmados, óbitos e principais ações adotadas pelo poder público. Métodos: A partir da análise das bases de dados de saúde obtidas em portais online oficiais de divulgação, as curvas de tendência das taxas de incidência e mortalidade por COVID-19 durante 2020 a 2022 dos municípios foram calculadas, representadas e comparadas, sendo associadas à análise das ações adotadas que tiveram como ponto de partida 620 normativas para Curitiba e 351 para Fortaleza. Conclusões: No âmbito das políticas públicas, embora as capitais tenham se voltado aos aspectos administrativos e econômicos, apresentaram pouca ênfase nas áreas de saúde, educação e divergiram nas ações voltadas às questões socioeconômicas, refletindo diferentes estratégias e necessidades locais. Um maior número de ações no início da pandemia pode ter postergado o colapso do sistema de saúde em Curitiba. Já em Fortaleza, observou-se um forte pico de mortalidade entre março e junho de 2020, o que demonstra que as ações adotadas no início da pandemia não foram suficientes para conter a crise no sistema de saúde. Esse número começa a reduzir à medida que mais políticas públicas vão sendo adotadas nos meses seguintes. |