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Resumo A hipótese do vigor da planta sugere que plantas mais vigorosas suportam maior densidade de galhas. Este estudo avaliou tal hipótese utilizando o sistema ácaro-Baccharis longiattenuata em duas populações de restinga sob condições ambientais distintas. As medidas de vigor incluíram: altura e diâmetro do caule, volume e área da copa, número de folhas por ramo, teor de nitrogênio e área específica foliar. Os resultados evidenciaram o efeito do vigor sobre a densidade de galhas. Além do vigor da planta, outros fatores podem ter influenciado indiretamente no padrão observado. O maior aporte hídrico em restinga arbustivo-arbórea pode influenciar nas taxas de crescimento e formação de sítios meristemáticos, alterando a dinâmica galhador-hospedeiro. Diferente do esperado pela literatura, a população com folhas menos esclerófilas apresentou maior densidade de galhas. Por outro lado, em restinga arbustiva, os menores valores de AEF, em resposta à alta incidência luminosa e menor disponibilidade hídrica no solo, podem ter influenciado a maior densidade de ácaros por galha. Folhas mais esclerófilas e longevas favorecem o tempo de permanência de fêmeas na galha, aumentando a densidade de ácaros por galha neste ambiente. É apresentada uma discussão sobre as condições ambientais que podem moldar o padrão de distribuição das galhas encontrado. |