Fibrossarcoma em cão Rottweiler: relato de caso

Autor: Milena Batista Carneiro, Celia Yelimar Palmero Quintana, Ingrid Carvalho Andrade, Beatriz Zago Lupepsa, Pollyana Abreu Campos da Cruz, Larissa Teixeira da Silva Fonseca, Greice Nascimento Pires
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Pubvet, Vol 14, Iss 5, Pp 1-5 (2020)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1982-1263
DOI: 10.31533/pubvet.v14n5a568.1-5
Popis: O presente estudo tem como objetivo, relatar um caso de fibrossarcoma em paciente canino, idoso, que foi submetido ao exame necroscópico em junho de 2018 após óbito natural. Análises macroscópica e microscópica dos achados patológicos foram realizadas por visualização dos órgãos e por processamento histopatológico das amostras coletadas. Macroscopicamente, foi observada uma massa tumoral pélvica de aproximadamente 15 cm, hipertrofia cardíaca com presença de parasitas na luz ventricular, pulmões congestos e com nodulações, hepatomegalia e atrofia renal. A análise histológica da massa tumoral primária, foi compatível com um fibrossarcoma, com a maioria das células de morfologia fusiforme, com focos de hemorragia e necrose no centro do tumor, alternando com regiões de reação desmoplásica, atipias nucleares e nucléolos proeminentes. Também se verificou, na microscopia, parênquima pulmonar edemaciado com hemorragia difusa, congestão vascular, aumento de espessura dos septos alveolares e nódulos pulmonares sugestivos de lesões metastáticas, assim como fígado com capilares sinusóides congestos e hemorragia difusa no parênquima hepático com focos de necrose de coagulação. O fibrossarcoma é um tumor de origem mesenquimal, composto por fibroblastos transformados, em um fundo de colágeno. Ele ocorre em todas as espécies, porém é mais frequente em cães e gatos. Em cães, manifesta-se normalmente de forma solitária e em indivíduos mais velhos, com média de idade de 9,7 anos. A maioria dos patologistas descreve o quadro histológico do fibrossarcoma como padrão de “espinha de peixe”. Habitualmente, é um tumor bastante invasivo, dificultando o tratamento cirúrgico por não permitir ampla margem de excisão, e, sua clínica se manifesta tardiamente, dificultando ainda mais seu diagnóstico e tratamento, como ocorreu no caso relato, em que o paciente veio à óbito subitamente. Deste modo, a análise histopatológica e citopatológica continuam sendo padrão ouro dentre os métodos diagnósticos iniciais para se confirmar a presença do tumor, destacando a importância da aplicação desses métodos de estudo, na determinação das características morfológicas de diferentes tipos de lesões, bem como suas formas de apresentação, cujo diagnóstico pode ser confirmado com outros métodos diagnósticos.
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