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A traça-da-uva, Lobesia botrana, é praga-chave da vinha na Região Demarcada do Douro (RDD). A sua importância económica, a par da necessidade de reduzir o uso de inseticidas de síntese na vinha, conferem relevância ao desenvolvimento de estratégias de proteção contra a praga, alternativas aos meios químicos. Incluem-se nestas estratégias, a seleção das castas, as medidas culturais e a confusão sexual. O seu adequado uso obriga a um aprofundado conhecimento do comportamento do inseto em relação a diversos parâmetros biológicos. Com o presente trabalho, pretendeu-se, através da análise de dados recolhidos entre 2000 e 2019, estudar a influência, na intensidade do ataque de L. botrana, na RDD, da sub-região, ano, geração e casta. Os resultados mostraram que, a intensidade do ataque da praga: i) foi, em geral, inferior no Douro Superior, comparativamente, quer ao Cima Corgo quer ao Baixo Corgo; ii) diferiu entre anos, na dependência das condições climáticas, mas tendencialmente diminuiu ao longo dos anos; iii) na primeira geração, em geral manteve-se em valores inferiores ao nível económico de ataque, enquanto nas restantes gerações se situou entre os limites estabelecidos para o mesmo (i.e. 1 – 10% cachos atacados); iv) as castas ‘Touriga Franca’, no caso das castas tintas, e ‘Malvasia Fina’, no caso das castas brancas foram, de entre as estudadas, as tendencialmente mais atacadas. |