O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NA BAHIA ENTRE 2010 A 2020

Autor: Mateus Uriel da Silva Cerqueira Santos, Mariana Mendonça de Almeida, Márcio Jamerson Pinheiro Lúcio, Catharina Moura Moraes, Pedro Cavalcante Castro, Lara Camila da Silva Alves, Osvaldo Carlos Silva Leopoldino, Vanessa Nascimento Dalto, Alice Andrade Vilas Boas Lemos, Lorena Rios dos Santos, Camila Pinheiro Santos, Marly Prado de Oliveira Chastinet, Paula Silva Lemos, Lara Costa Santos
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 26, Iss , Pp 101985- (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2021.101985
Popis: Introdução/Objetivos: A tuberculose é uma enfermidade infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, contudo, outros órgãos e sistemas também podem ser acometidos. O quadro clínico baseia-se principalmente em tosse seca ou produtiva e o agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis. Ademais, representa um importante problema de saúde pública no Brasil, no que se refere à morbimortalidade. Portanto, estabelecer o painel epidemiológico dessa comorbidade é importante para direcionar as medidas a serem tomadas com o fito de amenizar prejuízos à saúde da população. Traçar o panorama epidemiológico da tuberculose na Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico e retrospectivo baseado em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Considerou-se Casos de Tuberculose - Desde 2001 (SINAN) no período de 2010 a 2020. Os critérios de elegibilidade foram: Sexo feminino e masculino, Estado Bahia, Raça Negra, Brancos e Amarelos, Escolaridade e Faixa Etária 15-69 anos. Os critérios de exclusão foram dados não correspondentes às variáveis. Para o cálculo estatístico se utilizou Microsoft Excel 2019. Resultados: O total de casos notificados de Tuberculose foi de 50048 (prevalência de 7,1% no Brasil). O município em destaque é Salvador com 21525 casos (prevalência de 43% na Bahia), enquanto Ibiquera representa a menor notificação com apenas 1 caso (0,001%). O sexo masculino é predominante com 33241 casos (66%) e a escolaridade entre 1-4 série incompleta do ensino fundamental representa a maior prevalência com 8802 casos (17,5%) e educação superior incompleta é a menor com 860 casos (1,71%). A faixa etária mais acometida foi 20-39 anos com 22184 casos (44%) e a menos foi 65-69 anos com 2354 casos (4,7%). Sobre raça, a negra (pretos e pardos) prevaleceu com 44814 casos (89,5%) e a amarela foi a menor com 457 casos (0,91%). O desvio padrão das prevalências nos municípios foi de 1066%. Conclusão: A partir dos dados, nota-se que a tuberculose ainda acomete muitos indivíduos, sobretudo homens com ensino fundamental 1 incompleto, faixa etária entre 20-39 anos e raça negra. Ademais, é um grave problema de saúde pública, tanto no que diz respeito a custos hospitalares como no cenário social, haja vista que está atrelado à pobreza e falta de acesso a políticas públicas. Portanto, estudos epidemiológicos são importantes para orientar as medidas preventivas e investimentos governamentais para combater essa infecção.
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