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Introdução/Objetivos: A tuberculose é uma enfermidade infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, contudo, outros órgãos e sistemas também podem ser acometidos. O quadro clínico baseia-se principalmente em tosse seca ou produtiva e o agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis. Ademais, representa um importante problema de saúde pública no Brasil, no que se refere à morbimortalidade. Portanto, estabelecer o painel epidemiológico dessa comorbidade é importante para direcionar as medidas a serem tomadas com o fito de amenizar prejuízos à saúde da população. Traçar o panorama epidemiológico da tuberculose na Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico e retrospectivo baseado em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Considerou-se Casos de Tuberculose - Desde 2001 (SINAN) no período de 2010 a 2020. Os critérios de elegibilidade foram: Sexo feminino e masculino, Estado Bahia, Raça Negra, Brancos e Amarelos, Escolaridade e Faixa Etária 15-69 anos. Os critérios de exclusão foram dados não correspondentes às variáveis. Para o cálculo estatístico se utilizou Microsoft Excel 2019. Resultados: O total de casos notificados de Tuberculose foi de 50048 (prevalência de 7,1% no Brasil). O município em destaque é Salvador com 21525 casos (prevalência de 43% na Bahia), enquanto Ibiquera representa a menor notificação com apenas 1 caso (0,001%). O sexo masculino é predominante com 33241 casos (66%) e a escolaridade entre 1-4 série incompleta do ensino fundamental representa a maior prevalência com 8802 casos (17,5%) e educação superior incompleta é a menor com 860 casos (1,71%). A faixa etária mais acometida foi 20-39 anos com 22184 casos (44%) e a menos foi 65-69 anos com 2354 casos (4,7%). Sobre raça, a negra (pretos e pardos) prevaleceu com 44814 casos (89,5%) e a amarela foi a menor com 457 casos (0,91%). O desvio padrão das prevalências nos municípios foi de 1066%. Conclusão: A partir dos dados, nota-se que a tuberculose ainda acomete muitos indivíduos, sobretudo homens com ensino fundamental 1 incompleto, faixa etária entre 20-39 anos e raça negra. Ademais, é um grave problema de saúde pública, tanto no que diz respeito a custos hospitalares como no cenário social, haja vista que está atrelado à pobreza e falta de acesso a políticas públicas. Portanto, estudos epidemiológicos são importantes para orientar as medidas preventivas e investimentos governamentais para combater essa infecção. |