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Há alguns anos, em função do meu interesse acadêmico e cidadão pelas práticas sociais desenvolvidas nos espaços populares, tenho me dedicado, dentre outros, a temas vinculados à juventude. Chama-me atenção, em especial, o processo de construção e reconhecimento da identidade do jovem na cidade, assim como os pressupostos “adultocêntricos” dos discursos que tratam a juventude, em especial a pobre, apenas na condição “problema social” e, portanto, “objeto da ação” do Estado ou das instituições sociais. Neste breve artigo, contudo, vou deter-me especialmente nos vínculos dessas formas de representação e sua vinculação com as práticas sociais violentas. Não por que seja a temática que mais me agrada, mas por se tratar de um imperativo ético enfrentar este tema no Brasil atual, e em particular na região Metropolitana do Rio de Janeiro. |