Descoordenação a serviço do racismo institucional: considerações sobre o acesso de indígenas à política de saúde
Autor: | Gabriela Thomazinho |
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Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2024 |
Předmět: | |
Zdroj: | Saúde e Sociedade, Vol 33, Iss 2 (2024) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1984-0470 0104-1290 |
DOI: | 10.1590/s0104-12902024230408pt |
Popis: | Resumo A política de saúde indígena necessita de coordenação intergovernamental entre Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e serviços municipais e estaduais de saúde para sua eficácia. Tal coordenação deve ser feita tanto em nível de formulação como na sua implementação - que deve ocorrer entre burocratas de médio escalão e de nível de rua. Baseado na literatura que discute o federalismo e mecanismos de coordenação intergovernamental, este artigo investiga os mecanismos e as dificuldades de cooperação na ponta dos serviços de saúde aos povos indígenas. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com seis profissionais atuantes na Sesai do DSEI Mato Grosso do Sul. Identificou-se que as dificuldades dizem respeito principalmente ao racismo institucional, à estrutura sobrecarregada do SUS, à desresponsabilização por parte dos municípios e à má comunicação entre Sesai e hospitais. Já os mecanismos de cooperação identificados foram relações pessoais, agência situada de profissionais da Sesai e a existência de incentivo financeiro. Conclui-se que são necessários mais mecanismos de colaboração intergovernamental que considerem todas essas dificuldades de integração na implementação do serviço. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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