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As projeções climáticas apontam para um aumento da duração, frequência e intensidade das ondas de calor no Sul da Europa. Nos espaços urbanos a situação é ainda mais problemática, por causa do efeito da ilha de calor que exacerba as suas consequências. Sem embargo, pouco se sabe do comportamento das áreas urbanas perante esta anomalia climática, e particularmente como evolui a temperatura das diferentes superfícies (impermeáveis ou não) nestes dias de calor extremo. Neste cômputo, recorre-se a uma abordagem integrada da Deteção Remota (i.e., MODIS-Terra e MODIS-Aqua) com os Sistema de Informação Geográfica para estudar o comportamento do ambiente térmico superficial nos municípios de Braga e de Guimarães no decorrer da onda de calor de 23 a 30 de julho de 2010. Os resultados evidenciam que as variações no ambiente térmico ocorrem de modo gradual, coincidindo o pico da temperatura de superfície (Ts) com o dia com a temperatura do ar mais elevada. O processamento integrado das imagens MODIS patenteia bem que o centro urbano de Braga constitui uma área crítica em todos os horários, ao passo que Guimarães aparece relativamente mais fresco. Concluindo, os efeitos da onda de calor são assimétricos do ponto de vista temporal (i.e., nos diferentes horários do MODIS) e espacial, em função da cobertura do solo e da posição topográfica. Atendendo ao atual contexto de alterações climáticas esta informação revela-se indispensável na definição de políticas urbanas indutoras de um território ambiental e socialmente resiliente. |