Doença cerebrovascular extracraniana: a decisão terapêutica e a utilização da angiodinografia na prática clínica

Autor: T. Freitas Carneiro, L. Mendes Pedro, J. P. Freire, J. Fernandes E Fernandes
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2001
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Vol 17, Iss 4 (2001)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2182-5181
DOI: 10.32385/rpmgf.v17i4.9850
Popis: Objectivos: rever os critérios actuais para a tomada de decisão terapêutica na doença cerebrovascular extracraniana, bem como as indicações para a utilização de meios complementares de diagnóstico, nomeadamente a angiodinografia, e a correcta utilização dos dados fornecidos por este exame. Métodos: revisão em manuais, publicações periódicas e base de dados digital, afectas à cirurgia vascular, neurologia, cuidados de saúde primários e outros de importância internacionalmente reconhecida, com atenção especial aos últimos 5 anos. Conclusões: os critérios para a decisão terapêutica da doença cerebrovascular extracraniana resultam de estudos aleatorizados de larga escala e baseiam-se, principalmente, no grau de estenose observado na carótida interna e na presença, ou não, de sintomas neurológicos ipsilaterais. A indicação formal para endarterectomia carotídea existe nos casos de estenose maior ou igual a 70% em doentes sintomáticos e maior ou igual a 80% em doentes assintomáticos. Esta indicação, para os doentes assintomáticos, depende fortemente do risco peri-operatório. No que respeita à utilização dos meios complementares de diagnóstico, a angiodinografia carotídea é considerada, actualmente, um meio válido e, na maioria dos casos, suficiente para a identificação e caracterização de uma estenose carotídea. Este exame é incruento e tem indicação, principalmente, nos indivíduos com sintomas sugestivos de doença cerebrovascular, nos portadores de doença arterial oclusiva coronária e/ou periférica e, eventualmente, nos indivíduos assintomáticos com factores de risco para aterosclerose. Em casos seleccionados mantém-se a indicação para realização de arteriografia, nomeadamente se há suspeita de doença oclusiva intracraniana e da origem dos troncos supra-aórticos, nos quais a angiodinografia não nos fornece informação válida.
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