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As baladas em jargão atribuídas ao poeta francês François Villon (1431-?) ocupam um lugar especial no interior de sua obra, pois exploram, literariamente, o jargão críptico falado por uma quadrilha de malfeitores da época, chamada Os Coquillards. Embora a obra de Villon tenha recebido, recentemente, duas traduções integrais e duas parciais em português, as baladas em jargão permanecem sendo a única parte de sua obra inédita em nossa língua. Neste artigo, a primeira balada em jargão é apresentada em uma tradução poética, que busca reproduzir, por um lado, a forma assimétrica da balada – segundo a poética da criminalidade de Villon –, e, por outro, as funções ideológica, mimética e críptica de seu socioleto literário. |