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Resumo Este estudo é parte de uma pesquisa mais ampla sobre separação na transição para a parentalidade. Diante do crescente índice de pedidos de separação conjugal por mulheres, objetivamos investigar repercussões da dissolução conjugal para as mulheres, na transição para a parentalidade, em sua perspectiva. Como referencial teórico, utilizamos estudos psicanalíticos, sistêmicos e psicossociais. Realizamos 12 entrevistas com mulheres das camadas médias cariocas, entre 30 e 40 anos de idade, que se separaram há, no mínimo, dois anos, no período de zero a dois anos de idade do primeiro filho. Para a análise dos dados utilizamos o método de análise de conteúdo, na vertente categorial. Emergiram das narrativas três categorias de análise: paternidade após a separação conjugal; adaptação ao novo arranjo familiar; e imaginário social sobre a mãe separada. Os resultados indicaram que as mulheres souberam separar questões relativas à conjugalidade daquelas relativas à parentalidade, contribuindo para boa convivência do casal parental após a separação. Mostraram também que o conservadorismo, os preconceitos e o machismo podem ter prejudicado o período pós-separação das participantes e que possivelmente contribuíram para resistências delas mesmas a estabelecerem novos relacionamentos. |