Balanço de nutrientes no solo e características nutricionais da silagem de milho quando colhida em diferentes alturas

Autor: Julio Hülse, Mikael Neumann, Robson Kyoshi Ueno, Julio Cezar Heker Junior, Danúbia Nogueira Figueira, Itacir Eloi Sandini, Marcelo Marques Lopes Müller, Egon Henrique Horst, Gabriela Letícia Delai Vigne
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Semina: Ciências Agrárias, Vol 38, Iss 6 (2017)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1676-546X
1679-0359
Popis: A colheita de milho para ensilagem promove intensa exportação de nutrientes do solo. A elevação da altura de colheita da forragem pode amenizar a exportação de nutrientes e beneficiar a qualidade nutricional da silagem. No entanto, essa prática pode ser inviável economicamente devido à redução no volume de forragem colhida. Objetivou-se com este experimento avaliar os parâmetros agronômicos de produção, composição vegetal, valor nutricional da silagem e balanço de nutrientes no solo pela colheita da planta de milho em diferentes alturas: 0,20; 0,40; 0,60; 0,80 e 1,00 m do solo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por 5 tratamentos com 5 repetições. Plantas representativas de cada parcela foram colhidas nas respectivas alturas e fragmentadas em uma ensiladeira. Este material foi homogeneizado e ensilado em silos experimentais de policloreto de vinila (PVC). Cada 0,10 m de elevação na altura de colheita proporcionou aumento de 0,65 pontos percentuais no teor de matéria seca da forragem e redução da colheita de 339 kg ha-1 de fitomassa seca. A participação de grãos na forragem acresceu linearmente na ordem de 1,24 pontos percentuais a cada 0,10 m de elevação na altura de colheita. Os teores de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e lignina da silagem apresentaram decréscimo linear de 4,5; 2,8 e 9,6 %, respectivamente, a cada 0,10 m de elevação da altura de colheita; enquanto que os nutrientes digestíveis totais, o consumo de matéria seca e o valor relativo da forragem tiveram acréscimo linear de 0,5; 7,2 e 8,2 %, respectivamente. A cada 0,10 m de elevação da altura de colheita, houve redução da exportação de nutrientes do solo na ordem de: 3,6 kg ha-1 de N; 1,3 kg ha-1 de P2O5; 9,5 kg ha-1 de K2O; 0,9 kg ha-1 de CaO e 1,2 kg ha-1 de MgO. Mesmo com a colheita a 1,00 m do solo, a reciclagem de nutrientes pela necromassa não é suficiente para equilibrar o balanço de potássio no solo, causando déficit de 37,69 kg ha-1 de K2O. A colheita do milho a 0,47 m de altura representa a melhor relação entre quantidade e qualidade da silagem, sendo a altura que apresenta maior potencial de retorno econômico, e pode custear práticas de manejo e fertilização do solo para impedir sua degradação em sistemas de forrageamento, principalmente no intuito de suprir o balanço negativo de potássio no sistema.
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