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Desde o advento da internet e das redes sociais, em particular, surgiu uma série de novas formas de trabalho relacionadas à divulgação pessoal ou profissional, à criação de conteúdos e à produção de influências sobre diferentes temas. Nesse artigo, buscamos analisar, a partir das lentes teóricas de Michel Foucault e dos Estudos de Plataforma, o que possibilitou a profissionalização de influenciadores digitais e de criadores de conteúdo. Foram analisadas publicações do Instagram e do YouTube de duas influenciadoras brasileiras, Bianca Andrade e Jéssica Lopes, assim como algumas notícias, sobre elas, que circularam ao longo do ano de 2022. A partir de tais análises, argumentamos que a profissionalização do influenciador digital e do criador de conteúdos é fruto da racionalidade neoliberal, onde diversos sujeitos operam como “empresários de si” ou como “sujeitos empresariais” que se colocam no mercado como empresas, assumindo riscos e atuando a partir da valorização do seu capital humano. |