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O presente artigo apresenta questões sobre a educação histórica e as relações Eu-Outro baseadas na realidade de três municípios do Sul do Brasil, Arroio Trinta (SC), Treze Tílias (SC) e Áurea (RS), marcados pela (re)produção de uma história pública que enfatiza traços da cultura europeia imigrante. Problematiza essas narrativas, disponíveis em sites oficiais dos municípios, com base em pesquisa bibliográfica, especialmente Levinas e Gur-Ze’ev. Identifica a existência de uma educação modeladora e de histórias públicas, em cada um desses municípios, que negam e/ou atacam a outridade e criam obstáculos para o convívio pacífico entre diferentes. Conclui-se que, para a superação do etnocentrismo, é necessário o esforço para a construção de uma contramemória como ponto de partida para a contraeducação histórica, especialmente em tais localidades, distantes dos grandes centros urbanos, criando as oportunidades para o diálogo, para a ética e para a paz positiva |