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INTRODUÇÃO: A Doença da Arranhadura do Gato (DAG) manifesta-se principalmente com febre e linfonodomegalia localizada, mas, em até 25% dos casos, pode ocorrer na forma sistêmica com diversas apresentações clínicas. OBJETIVO: Relatar um caso pediátrico de DAG forma hepatoesplênica. MÉTODO: relato de caso de uma criança internada na enfermaria de Doenças Infecciosas Pediátricas entre outubro e novembro de 2019. O relato foi feito com base em dados do prontuário do paciente e revisão da literatura, com base em pesquisas na plataforma PubMed. Foram obtidos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do responsável legal do paciente e o termo de assentimento da criança. RESULTADO: Escolar, feminina, 9 anos, previamente hígida, iniciou com sinais flogísticos em fossa poplítea direita e febre, tratada como celulite e posteriormente como abscesso poplíteo, sem melhora com oxacilina por 3 dias e clindamicina e ceftriaxone por 11 dias. Evoluiu com um quadro séptico de foco abdominal no décimo primeiro dia de tratamento com a presença de abscessos hepáticos e esplênicos, sendo necessário ampliar a cobertura antimicrobiana para vancomicina e piperacilina-tazobactam até a elucidação diagnóstica de DAG, forma hepatoesplênica, o que ocorreu no décimo sétimo dia de internação. A partir do diagnóstico, foi tratada com rifampicina e claritromicina por 14 dias com boa evolução. CONCLUSÃO: A importância deste relato é alertar os pediatras quanto à grande variabilidade clínica dessa infecção e o seu manejo. |