Metanarrativa, ficção e não ficção em Táxi Teerã, de Jafar Panahi
Autor: | Pedro Piccoli Garcia, Fabiana Quatrin Piccinin |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Intexto, Vol 0, Iss 52, Pp 1-17 (2021) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1807-8583 32509464 |
DOI: | 10.19132/1807-8583202152.92653 |
Popis: | O objetivo deste artigo é discutir como o cinema contemporâneo vem evidenciando o tensionamento dos limites entre ficção e não ficção por meio do emprego estratégico de recursos metanarrativos. A metanarrativa expõe e problematiza os inevitáveis processos de ficcionalização da narrativa, ao pretender ofertar provas de autenticação do real, suposta e dialeticamente construído nas relações limítrofes da interferência subjetiva de uma instância enunciadora. No caso da cinematografia do diretor iraniano Jafar Panahi, marcada pela autorreflexão, a proposta é que a arte olhe para dentro e reconheça a si mesma enquanto discurso. Metodologicamente, analisa-se o filme Táxi Teerã (2015), cuja eleição de linguagem e discurso é resultante dos constrangimentos operacionais a que está submetido Panahi, por conta de ter sido proibido pela justiça iraniana de fazer cinema. Buscando apresentar situações ordinárias da vida em Teerã, o diretor liga uma câmera dentro de um táxi, onde desempenha a função de motorista enquanto conversa com os passageiros. Conclui-se que Panahi faz cinema para, metanarrativamente, problematizar e posicionar esse fazer enquanto um ato político, ao mostrar a impossibilidade de limitar a natureza do audiovisual e ao mostrar, por extensão, a natureza dos próprios princípios reguladores da produção audiovisual no país, denunciando o aparato repressivo que age sobre a produção cinematográfica. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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