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O artigo relata a experiência profissional da autora junto a três crianças com espectro autista que freqüentavam uma clínica-escola para pessoas com deficiência mental. Não havia, entretanto, um programa específico voltado às necessidades das crianças com quadro autístico. Propôs-se, então, um atendimento mais sistemático e diretivo. Foi percebido, entretanto, que antes de qualquer implementação era necessária a construção de vínculos. Assim, a autora iniciou atendimentos psicopedagógicos individualizados de cunho lúdico seguindo as predileções e focos de interesse de cada criança, procurando interagir e brincar. O objetivo prioritário passou a ser a constituição de vínculo interpessoal e com o espaço de modo a favorecer a percepção e interatividade com o meio – físico e humano. A autora partiu da premissa, ancorada na experiência pessoal e em fundamentos teóricos psicológicos e psicopedagógicos, que a atenção compartilhada, a comunicação e a aprendizagem se constituem à medida que o sujeito interage e aprende a brincar em contextos significativos e sob mediação, produzindo sentidos de afetividade. Palavras-chave: Autismo. Psicopedagogia. Educação Especial. Ludoterapia. |