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As táticas de resistência dos jornalistas são práticas à espera de sistematização. Há investigações sobre como jornalistas fazem prevalecer os valores da profissão, mas a literatura especializada ainda recorre à dicotomia “patrão” e “empregado”, dando ao primeiro a primazia em muitas decisões. Este artigo levanta notas iniciais sobre a cultura jornalística da negociação, de modo a manter vigente a horizontalidade das relações entre publishers, editores, repórteres e o consumidor de informações. Cientes de que os empresários interferem no fazer jornalístico, temos como premissa que os jornalistas criam defesas às estas imposições, para permitir reações cotidianas. Realizou-se revisão bibliográfica e seis entrevistas com jornalistas afeitos a reportagens investigativas. Concluímos que as incertezas do jornalismo diante do espectro digital conduzem à indefinição em relação à resistência profissional: a cultura jornalística é identificada, mas está fragilizada. |