Substituição de medicamentos biológicos no tratamento de pacientes com artrite reumatoide assistidos em um centro de infusão de um hospital universitário em Salvador-BA

Autor: Priscila Moreira Cerqueira Oliveira, Alline Mikaele Nunes Wildemberg Brauer, Maria Carmélia Almeida Neta, Aramis Tupina Alcantara de Moreira, Pablo de Moura Santos, Deyse de Souza Carvalho da Silva, Marcela Miranda Salles
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 3, Iss s.1 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.77
Popis: Introdução: A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação das articulações, que pode provocar deformidades e afetar outros tecidos e órgãos. Os medicamentos biológicos representam um grande avanço no tratamento da AR. Estudos apontam que os biológicos disponíveis apresentam perfis de efetividade e segurança semelhantes. A gama de alternativas de tratamento torna possível a substituição de um biológico por outro em caso de falha terapêutica, reação adversa ou outros motivos. Nesta perspectiva, o estudo teve por objetivo caracterizar os motivos e estratégias de substituição entre biológicos no tratamento de pacientes com AR assistidos em um Centro de Infusão de um Hospital Universitário de Salvador-BA. Métodos: Estudo observacional transversal, com coleta de dados retrospectiva, realizada entre junho e agosto/2018. Foram avaliados os registros de acompanhamento farmacêutico dos pacientes, utilizando formulário estruturado para coleta dos dados sócio-demográficos e histórico de tratamento. Foi usada estatística descritiva simples, com frequências absolutas, percentuais e médias. Aprovado pelo Comitê de ética do HUPES sob o número CAAE 89660418.8.0000.0049. Resultados: Dos 326 pacientes com AR em uso de biológicos assistidos, 152 (46,6%) já utilizaram mais de um biológico. Destes, 128 (84,2%) são do sexo feminino. A média de idade foi de 51,7 anos. 76 pacientes (50%) já utilizaram dois biológicos diferentes; 48 (31,6%) três biológicos; 23 (15,1%) quatro biológicos; quatro pacientes (2,6%) já utilizaram cinco biológicos diferentes. Foram realizadas, no total, 258 substituições de tratamento. Destas, a maioria (64,7%) ocorreu devido à falha secundária, quando, após resposta satisfatória inicial, há recidiva da doença. Reações adversas ao medicamento foram a segunda causa de substituição (18,6%), seguida por falha primária (9,3%), quando não há resposta satisfatória inicial. Em 3,9% dos casos, não houve registro do motivo da substituição. 2,7% das substituições ocorreram devido a outros motivos (maior comodidade posológica, viagem, motivos pessoais). O Infliximabe foi o tratamento de primeira escolha em 40,1% dos casos; seguido por Adalimumabe (22,4%), Etanercepte (27%), Golimumabe (6,6%); Tocilizumabe (2%) e Abatacepte (1,3%). Em 58% dos casos, na segunda etapa do tratamento foi prescrito um novo Anti-TNF, sendo o Adalimumabe o biológico mais prescrito (26,3%). Na terceira etapa de tratamento, em 70,7% dos casos houve substituição por um biológico de mecanismo diferente (não Anti-TNF), sendo abatacepte o biológico mais prescrito (30,7%). Na quarta etapa de tratamento, apenas 14,8% dos pacientes utilizavam Anti-TNF. Tocilizumabe foi o medicamento mais prescrito (33,3%). Conclusão: A substituição entre biológicos é uma prática comumente adotada, sendo que no grupo analisado a falha secundária ao tratamento foi o principal motivo de substituição.
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