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Resumo Objetivo caracterizar a condição de vida, saúde e saúde bucal das pessoas idosas domiciliadas cadastradas na atenção primária e os cuidados realizados em domicílio. Método estudo transversal, de base domiciliar com amostra de conveniência, em Florianópolis, sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário e exame clínico, os quais incluíram variáveis sociodemográficas, condição de dentes e mucosa, higiene bucal, acesso a atendimento odontológico e visita de cirurgião-dentista no domicílio. Procedeu-se análise de frequência absoluta e relativa e análise bivariada (qui-quadrado, IC=95%). Resultados participaram 123 idosos com idade média de 81,3 anos, 62,6% eram mulheres. Possuíam cuidador 87%, 60% encontravam-se domiciliados por até 5 anos e 89,4% eram frágeis. Quanto à presença de dentes, 56,1% eram edêntulos e 40,5% possuíam de 1 a 8 dentes. Restos radiculares foram observados em 12,8%, lesão de cárie não tratada em 25,2%, biofilme visível em 69,9%, e lesões na mucosa em 8,9%. Necessitavam de auxílio para higiene bucal 45,5% e não realizavam limpeza diária 24,4%. A dificuldade de acessar atendimento odontológico por estar domiciliado foi relatada por 32,5% e visita do cirurgião-dentista ocorreu em 16,3%. Sexo feminino e menor escolaridade estiveram associados à ausência de dentes e menor força física. Conclusão a saúde bucal das pessoas idosas estudadas é precária pela presença de problemas bucais que demandam intervenção. Há dependência de terceiros para cuidados bucais, que não são garantidos de modo consistente, no domicílio. O estudo aponta necessidade de atendimento odontológico no domicílio no âmbito dos serviços públicos de saúde. |