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Nascida como organização de ajuda-mútua, a maçonaria ganharia novos contornos, consolidando-se como importante espaço de sociabilidade na segunda metade do século XVIII e, institucionalizada no Brasil no início do século XIX. A irmandade engrossou suas fileiras incorporando em sua organização importantes personagens de seu tempo, de políticos da alta cúpula a ativistas influentes. O presente artigo apresenta o debate historiográfico acerca da construção das memórias da Abolição da Escravatura, a partir da hipótese de que a maçonaria estrategicamente escolheu evocar a imagem de alguns personagens de sua história, a fim de cimentar positivamente suas experiências e seu suposto protagonismo através das narrativas maçônicas contemporâneas confeccionadas por escritores maçons. Nota-se, nessa longa jornada, que os denominados heróis maçônicos surgiam e desapareciam dessa literatura ao sabor do tempo e das narrativas. |