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A variação na formação do plural em itens nominais do português brasileiro (PB) configura-se como um exemplo daquilo que a tradição gramatical entende como um desvio da norma padrão, isso porque seu uso é enfocado como sendo de natureza obrigatória e, em geral, tende a ser associado à fala de pessoas mais escolarizadas e em um registro formal ou coloquial mais monitorado. Partindo dessa visão – a de que esse fenômeno é muito mais uma exigência social que linguística – este artigo busca, com base nos pressupostos da Dialetologia Pluridimensional e da Sociolinguística, investigar o fenômeno da concordância nominal na fala de maranhenses e de sergipanos, considerando as localidades que compõem a rede de pontos do Atlas Linguístico do Maranhão (ALiMA), para o estudo deste estado, e do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), para Sergipe. Com essa amostra representativa, foi possível fazer uma análise comparativa dos dados obtidos e observar a concordância nominal como um fenômeno com uma visível tendência à variação na formação do plural de itens terminados em ditongo oral, como chapéu e degrau, condicionado em grande medida por fatores de ordem diastrática. |