Avaliação de prontuários como ferramenta de rastreamento para a desprescrição de benzodiazepínicos em idosos atendidos pelo SUS

Autor: Luciana Soares Rodrigues, Marlon Silva Tinoco, Eriks Oliveira Silva, Thays Santos Mendonça, Luanna Gabriella Resende da Silva, Marcio Galvão Guimarães de Oliveira, André Oliveira Baldoni
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Revista Contexto & Saúde, Vol 24, Iss 48 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2176-7114
DOI: 10.21527/2176-7114.2024.48.14486
Popis: Os benzodiazepínicos (BZD) são medicamentos considerados inapropriados para idosos, por apresentar mais riscos que benefícios para esse público. Neste sentido, justifica-se analisar se os prontuários podem ser aliados para rastrear esses pacientes a fim de realizar a desprescrição. O objetivo do estudo foi, então, analisar a possibilidade de rastreio de pacientes elegíveis para a desprescrição de BZD por meio de dados secundários presentes em prontuários de idosos. Realizou-se um estudo descritivo, utilizando-se prontuários físicos e eletrônicos de pacientes idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS), em um município de pequeno porte no estado de Minas Gerais, Brasil, no período de julho a novembro de 2020. Para identificação de potenciais pacientes candidatos à desprescrição, utilizou-se os seguintes parâmetros: a) Registro de insônia isolada ou insônia causada por comorbidade já em tratamento; b) pacientes com ≥ 60 anos em uso de BZD independente da duração. Dos 332 prontuários analisados, 76,8% eram do sexo feminino e 79,5% possuíam idade igual ou maior que 65 anos. Aproximadamente 31% dos pacientes realizaram entre uma e três renovações automáticas de prescrições (RAP) nos últimos 12 meses e ao considerar a data da primeira prescrição, identificou-se que 72,6% dos idosos utilizava o medicamento por um período superior a seis anos. Foi possível identificar que apenas 5,1% apresentaram um dos critérios de elegibilidade para a desprescrição, visto que 60,8% dos prontuários não possuíam detalhamento das informações quanto à indicação dos BZD. Assim, percebe-se a impossibilidade de utilização dos prontuários como estratégia de triagem para a identificação de potenciais candidatos para a desprescrição de BZD.
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