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OBJETIVO: avaliar a prevalência do HPV e seus genótipos, utilizando a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR), em pacientes soropositivas e soronegativas para o HIV. MÉTODOS: estudo transversal no qual foram avaliadas 79 mulheres. Dentre elas, 41 eram portadoras do vírus HIV constituindo o grupo estudado, e 38 soronegativas para o HIV, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde, e compuseram o grupo controle. Todas as participantes foram submetidas a teste sorológico para detecção do HIV e procuraram de forma espontânea, e pela primeira vez, o atendimento de ginecologia nos serviços mencionados. Estas mulheres responderam ao questionário padrão e foram submetidas a exame ginecológico, com coleta de material da cérvice uterina para citologia oncótica e para detecção do DNA-HPV e seus genótipos. Para análise estatística realizaram-se os testes de Kruskal-Wallis, do chi2 ou o exato de Fisher. Foi considerada significância estatística p0,05) da infecção múltipla por HPV nas soropositivas (50,0%), e a combinação mais freqüentemente encontrada foi a dos tipos 6, 11 e 16. A infecção simples por HPV nas soronegativas ocorreu em 66,6% das pacientes. O tipo 16 foi o mais freqüentemente encontrado, representando 44,4% do total das infecções simples nos dois grupos. CONCLUSÕES: as mulheres soropositivas pelo HIV apresentaram maior prevalência do DNA-HPV na cérvice uterina, em relação às soronegativas. Não houve maior predominância de tipos específicos de HPV quando os dois grupos foram comparados. Houve tendência de infecção por múltiplos tipos de HPV nas portadoras de HIV, ao passo que a infecção simples predominou nas soronegativas.PURPOSE: to estimate the prevalence of HPV and its genotypes in HIV-infected and non-infected women, using the Polymerase Chain Reaction (PCR) technique. METHODS: a sectional study with 79 enrolled women: a study group, with 41 HIV-infected women, and a control group, with 38 non-infected women attended at a Basic Health Unit. All were submitted to a serologic test for the detection of HIV and spontaneously looked for gynecological attendance at those units, for the first time. They answered a standard questionnaire and were submitted to a gynecological examination with a cervical swab and specimen for the detection of DNA-HPV and its genotypes. Statistical analysis was performed using Kruskal-Wallis, chi2 or Fisher's exact tests. Statistical significance was considered at p0.05) was detected in the HIV-infected women (50.0%) and the most frequently found combination was of types 6, 11 and 16. HPV simple infection occurred in 66.6% of HIV-non-infected patients. The most frequent type found in both groups was 16, representing 44% of all the simple infections in both groups. CONCLUSIONS: HIV-infected women showed higher DNA-HPV prevalence in the uterine cervix, as compared to non-infected women. There was no difference in the predominance of specific types of HPV when both groups were compared. There was a tendency to HPV multiple infections in the HIV-infected women, whereas simple infection predominated in the non-infected patients. |