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Objetivo: Descrever um relato de caso de uma pessoa portadora de hemofilia A em uso de emicizumabe. Métodos: Trata-se um estudo descritivo, tipo relato de caso, acompanhado durante os anos de 2020 a 2023 no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará. Resultados: Paciente A.S.F, diagnóstico desde 01 ano de idade, masculino, 37 anos de idade, portador de hemofilia A grave com inibidor, pico máximo de inibidor em 04/11/2019 com 14745 UB iniciando imunotolerância (ITI) em 28/08/2019 e suspenso por falha em 27/08/2020, passando a fazer profilaxia terciária com complexo protrombínico parcialmente ativado (CCPa). Em 05/01/2022 iniciou o uso do emicizumabe. No hemocentro é realizada a avaliação da saúde musculoesquelética anualmente através da ferramenta Hemophilia Joint Health Score (HJHS), para o exame físico de saúde articular dos pacientes com hemofilia maiores de 2 anos de idade. A escala varia de 0 a 124 pontos, avalia as três principais articulações mais acometidas pela artropatia hemofílica bilateralmente, sendo cotovelos, joelhos e tornozelos, através dos indicadores antropométricos: edema; duração do edema; atrofia muscular; crepitação; amplitude de movimento para flexão e extensão; dor articular e força muscular. O paciente apresenta artropatia crônica e relatava dores crônicas em articulações do cotovelo direito, joelhos e tornozelos. Em 2020 o paciente apresentava escore de 54, 2021 de 65, 2022 de 71 e 2023 de 53. O desfecho mais relevante foi a considerável melhora da dor articular, seguido do edema, duração do edema e crepitação. Nos anos de 2020 e 2021, o paciente apresentou aproximadamente 11 hemartroses espontâneas: cinco no cotovelo direito, três no joelho direito, duas no tornozelo esquerdo e uma no joelho esquerdo. No ano de 2022, apresentou uma hemartrose no cotovelo direito espontâneo e até o mês de julho de 2023 apresentou um sangramento pós-trauma em joelho direito com necessidade de tratamento com fator VII ativado. Conclusão: O tratamento dos pacientes com hemofilia A e inibidor com Emicizumabe proporciona redução importante dos eventos hemorrágicos articulares, repercutindo na saúde articular e propiciando bem-estar ao paciente. Faz-se ainda necessário um acompanhamento a longo prazo com uso de outras ferramentas que avaliem a melhoria da atividade funcional e qualidade de vida |