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Na última década, a produção científica da enfermagem brasileira tem sido marcada pela germinação de temáticas que colocam as “populações vulneráveis” em destaque. Sob esta denominação são incluídas aquelas pessoas e grupos que, por seus pertencimentos sociais (gênero, sexualidade, classe social, geração, território, raça, etnia e outros), por suas identidades e localizações nas teias de poder, são sistematicamente excluídas e/ou postas em posições subalternas em taxonomias e hierarquias sociais, bem como no próprio espectro daquilo que se considera a vida humana. Se, por um lado, o crescimento desta produção científica pode indicar o necessário movimento de visibilização e incorporação dessas populações na agenda de pesquisas, por outro, abre um campo profícuo de debates e reflexões teórico-metodológicas fundamentais para se evitar a exotização desses grupos e sua inclusão em economias científicas caracterizadas pela produtividade capitalística. |