Bipolar disorder first episode and suicidal behavior: are there differences according to type of suicide attempt? A polaridade do primeiro episódio no transtorno bipolar é um preditor para tentativa de suicídio (violenta e não violenta) futura?

Autor: Fernando Silva Neves, Leandro Fernandes Malloy-Diniz, Izabela Guimarães Barbosa, Paulo Marcos Brasil, Humberto Corrêa
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2009
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Psychiatry, Vol 31, Iss 2, Pp 114-118 (2009)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1516-4446
1809-452X
DOI: 10.1590/S1516-44462009000200006
Popis: OBJECTIVE: The objective of this study was to test the hypothesis that the polarity of the first mood episode may be a marker for suicidal behavior, particularly the violent subtype. METHOD: One hundred and sixty-eight patients diagnosed with bipolar disorder (DSM-IV) were grouped according to type of first episode: depression or manic/hypomanic. Groups were compared for demographic and clinical variables. We performed logistic regression in order to test the association between first episode polarity and suicidal behavior. RESULTS: We found that depressed patients have a lifetime history of more suicide attempts. However, univariate analysis of number of suicide attempts showed that the best model fits the bipolar II subtype (mean square = 15.022; p = 0.010) and lifetime history of psychotic episodes (mean square = 17.359; p = 0.021). Subgrouping the suicide attempts by subtype (violent or non-violent) revealed that manic/hypomanic patients had a greater tendency toward attempting violent suicide (21.2 vs. 14.7%, X² = 7.028, p = 0.03). Multiple logistic regression analysis confirmed this result. CONCLUSION: Depressed patients had more suicide attempts over time, which could be explained by the higher prevalence of bipolar II subtype in this group, whereas manic/hypomanic patients had a lifelong history of more frequent violent suicide attempts, not explained by any of the variables studied. Our results support the evidence that non-violent suicide attempters and violent suicide attempters tend to belong to different phenotypic groups.OBJETIVO: O estudo pretende avaliar se a polaridade do primeiro episódio de humor prediz o comportamento suicida no transtorno bipolar, especialmente a tentativa de suicídio violenta. MÉTODO: Foram avaliados 168 pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar (DSM-IV) subdivididos em dois grupos de acordo com a polaridade do primeiro episódio de oscilação do humor: se primeiro episódio foi depressão (PD) ou se primeiro episódio foi de mania (PM). Comparamos as variáveis clínicas e demográficas dos dois grupos através do teste do qui quadrado e analisamos os resultados utilizando a regressão logística e análise univariada. RESULTADOS: Os pacientes definidos como PD apresentaram maior número de tentativas de suicídio ao longo da vida. Entretanto, após analisar os resultados através do método estatístico univariado, verificou-se que as únicas variáveis associadas com histórico de múltiplas tentativas de suicídio foram o diagnóstico de transtorno bipolar do tipo II (mean square = 15,022; p = 0,010) e a história de sintomas psicóticos (mean square = 17,359; p = 0,021). Ao avaliar a questão sob a perspectiva do tipo de tentativa de suicídio (se violenta ou não violenta), encontramos que os pacientes PM apresentavam maior probabilidade de cometer tentativas de suicídio violentas ao longo da vida (21,2% vs. 14,7%, X² = 7,028, p = 0,03). A análise estatística por regressão logística múltipla confirmou os resultados encontrados. CONCLUSÃO: Apenas o diagnóstico de transtorno bipolar tipo II e a existência de sintomas psicóticos são fatores associados com histórico de múltiplas tentativas de suicídio. A polaridade do primeiro episódio não está associada com o número de tentativas de suicídio em geral, entretanto existe associação entre tentativa de suicídio violenta e primeiro episódio de polaridade maníaca. Os resultados reforçam a evidência de que a tentativa de suicídio violenta é diferente da tentativa de suicídio não violenta, do ponto de vista fenotípico.
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