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Objetivos: avaliar o perfil de puérperas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), a prevalência do tabagismo entre elas e consequências deste hábito no binômio mãe-bebê. Métodos: estudo prospectivo, transversal. Incluídas pacientes hígidas, com gestação a termo, excluídas pacientes com recém-nascidos (RNs) com crescimento intrauterino restrito, gestações múltiplas, bebês com anormalidades cromossômicas, malformações, infecção intrauterina e dados incompletos. Variáveis contínuas descritas por medidas de tendência central e dispersão (média e DP padrão ou mediana e amplitudes interquartis); variáveis categóricas como freqüências absolutas e relativas. Projeto aprovado pelo GPPG do HCPA. Todas as pacientes assinaram termo de consentimento informado. Resultados: 718 puérperas, 23% eram tabagistas na gestação. Não houve diferença estatisticamente significativa com relação à idade materna, número de cesarianas ou abortos e idade gestacional no momento do parto. Maior número de gestações prévias, ser solteira/separada, não branca, menor escolaridade e não realizar pré-natal foram fatores de risco para o tabagismo na gravidez. O peso dos RNs foi estatisticamente menor no grupo das gestantes tabagistas, com variação média de 143g a menos nesse grupo. O número de bebês pequenos para idade gestacional foi significativamente maior no grupo de gestantes fumantes. Evolução do bebê, peso da placenta e índice de Apgar não houve diferença estatística entre os grupos. Conclusão: o estudo foi relevante para o conhecimento do perfil das puérperas fumantes do HCPA e apontou a importância da realização de pré-natal e busca de estratégias de tratamento para estas pacientes com prevenção de complicações gestacionais e perinatais. |