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Autor: | Roberto Magalhães Silva, Andreia Patrícia Gomes, Lucas Vega Martinez Veras Ferreira |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2024 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Vol 19, Iss 46 (2024) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1809-5909 2179-7994 |
DOI: | 10.5712/rbmfc19(46)4242 |
Popis: | Introdução: A Medicina de Família e Comunidade (MFC) se consolida na Atenção Primária à Saúde (APS) como a especialidade preferencial para o desenvolvimento de seus atributos, bem como dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de efetivar o paradigma da Produção Social da Saúde (PSS). A Residência em Medicina de Família e Comunidade (RMFC) é considerada o padrão-ouro de formação desses profissionais capazes de transcender a oferta de serviços, articular redes de cuidados interdisciplinares e superar o modelo biomédico no complexo cenário da APS, o que vem sendo aprimorado com a elaboração de competências para a especialidade. No entanto, a precarização do trabalho que marca a história da APS se destaca como desafio a ser superado. Objetivos: Elaborar reflexões acerca dos principais desafios que marcam a APS e caminhos para superá-los. Métodos: Realizou-se um ensaio crítico, com base em uma revisão narrativa. Foram consultadas as bases de dados da Scientific Electronic Library Online, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “Medicina de Família e Comunidade”, “Residência”, “Educação Baseada em Competências”, “Condições de Trabalho” e “Precarização do Trabalho”. A literatura encontrada foi articulada com a experiência e reflexão dos autores. Discussão: Os resultados descrevem como a precarização tem caracterizado o trabalho na APS e impactado negativamente a superação da biomedicina pela PSS. Essa precarização é marcada pela competitividade dos modelos de gestão neoliberais, reforçando um conceito de saúde reduzido e fragmentado, o que fragiliza o SUS e compromete seus atributos constitutivos. Em relação à RMFC, os achados revelam não apenas prejuízos na formação, mas também dificuldades teóricas e práticas enfrentadas pelos profissionais na identificação de problemas, bem como na reflexão e ação sobre essas limitações no desenvolvimento de competências, fortemente subvertidas pela biomedicina medicalizante. Para explicar essas dificuldades e propor soluções, discute-se a fragilidade da formação bioética, especialmente ético-política, aponta-se o conceito de competência dialógica associado ao engajamento político, como potenciais caminhos para superar essas dificuldades. Conclusões: A crítica ao atual cenário revela-se tanto desafiadora quanto fundamental na luta pela saúde como direito. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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