Fatores de risco para poliparasitismo intestinal em uma comunidade indígena de Pernambuco, Brasil Risk factors for multiple intestinal parasites in an indigenous community of the State of Pernambuco, Brazil

Autor: Annick Fontbonne, Eduardo Freese-de-Carvalho, Moab Duarte Acioli, Geisa Amorim de Sá, Eduarda Angela Pessoa Cesse
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2001
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Saúde Pública, Vol 17, Iss 2, Pp 367-373 (2001)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0102-311X
1678-4464
DOI: 10.1590/S0102-311X2001000200011
Popis: No perfil etnoepidemiológico da comunidade dos Índios Pankararus - interior do Estado de Pernambuco -, as parasitoses intestinais representam importante problema de saúde pública, por atingir a quase totalidade da população. A fim de conhecer possíveis fatores de risco ambientais deste quadro, utilizou-se parte da base de dados do inquérito original para relacionar as condições de moradia ao número de parasitas diferentes verificado entre seus moradores. Com base na seleção da quantidade de exames coprológicos efetuados entre as pessoas da família, a amostra para análise contou 84 famílias dentre as 112 da amostra aleatória original. Para o número médio de 6,1 pessoas por família, constatou-se que o de parasitas diferentes presentes no lar era 5,0, número crescente quando a casa era de taipa (6,0 contra 4,9 para as de alvenaria; p < 0,03), ou a água usada na moradia não era tratada (5,1 contra 4,5 para água tratada; p < 0,05). Outros fatores que caracterizam a moradia e sua higiene não parecem influenciar o número médio de parasitas na casa. Conclui-se que o poliparasitismo nos Índios Pankararus de Pernambuco chega a representar a regra e está referido sobretudo às fontes de água de beber e ao seu tratamento.An investigation into the ethno-epidemiological profile of the Pankararu indigenous group in the State of Pernambuco, Brazil, identified multiple intestinal parasites in nearly all members of the community. To detect possible environmental risk factors, we used the data base from a previous survey to test relations between daily living conditions (housing, sanitation, water supply and treatment, and garbage disposal) and the number of different parasite species found in the same household. The sample consisted of 84 families from the original sample of 112. Selection was based on the number of stool tests performed in the family. The mean number of parasite species was 5.0 per family, for a mean family size of 6.1 members. This number was greater for wattle-and-daub houses (mean 6.0 parasite species vs. 4.9 for brick houses; p < 0.03) and when water used in the household was not treated (mean 5.1 parasite species, vs. 4.5 for treated water; p < 0.05). Other household characteristics and hygienic habits did not significantly influence this number. We concluded that multiple intestinal parasitism in the Pernambuco Pankararu community is frequent, to the point of being the rule, and that it relates essentially to water source and treatment.
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