Imigrantes brasileiros na Alemanha: adaptação cultural, estressores e recursos

Autor: Edmylla Francyelle dos Santos Silva, Matheus dos Santos da Silveira, Clauber Wellington Pinheiro Torres, Simone Souza da Costa Silva, Fernando Augusto Ramos Pontes, Karl Christoph Kappler
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Revista Subjetividades, Vol 23, Iss 2, Pp 1-15 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2359-0777
23590777
DOI: 10.5020/23590777.rs.v23i2.e12741
Popis: O processo migratório ocorre por diversos fatores, entretanto, pode ser dificultado quando a adaptação cultural não ocorre totalmente. Logo, compreender como o processo de adaptação cultural ocorre por meio da percepção do imigrante, revela informações importantes sobre esse processo. O presente artigo se apoia no modelo de aculturação de Berry (1990) e no modelo ABC-X duplo de McCubbin e Patterson (1983), com o objetivo de descrever o processo de adaptação de brasileiros na Alemanha. Participaram da pesquisa 113 brasileiros que residiam na Alemanha entre os anos de 2014 a 2016. Os participantes responderam a um questionário online contendo um inventário sociodemográfico e duas questões que exploravam possíveis estressores e recursos à adaptação. Os dados foram analisados através do software IRAMUTEQ, sendo os resultados divididos em dois corpus textuais: estressores e recursos, e as classes de respostas geradas foram nomeadas de acordo com o conteúdo que apresentavam. Os principais estressores foram relacionados a aspectos relacionais, especificamente a dificuldade na relação gerada pelo desconhecimento do idioma; a falta dos familiares que ficaram no Brasil; e as diferenças culturais entre os dois países, que causam confusão na comunicação e dificuldade nos relacionamentos. Alguns estressores viraram recursos com o passar do tempo, sendo o caso do idioma, presente em ambos os corpus textuais. A articulação entre o modelo ABC-X duplo de McCubbin e Patterson (1983) e a teoria da aculturação de Berry (1990) se mostrou válida, no sentido de que é possível descompartimentar as estratégias de aculturação desenvolvidas a partir dos estressores e dos recursos existentes e realizada pelas pessoas, observando como ao longo do tempo, estressores podem ser percebidos como recursos.
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