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Este artigo tem o propósito de trazer reflexões sobre violência urbana e violação de diretos fundamentais como acontecimentos que têm marcado o cotidiano de adolescentes e jovens residentes na periferia de Fortaleza. Também traz uma discussão sobre os desafios metodológicos das pesquisas participativas com esse público. O Estado do Ceará e, principalmente, sua capital têm apresentado os maiores índices de homicídios de adolescentes nos últimos anos, e os índices estão crescendo entre as meninas. Embora tenham ocorrido intervenções dos órgãos nacionais e latino-americanos de Direitos Humanos, com ações judiciais interpostas por entidades que atuam na defesa de direitos de crianças, adolescentes e jovens, os poderes executivo, judiciário e legislativo se mobilizam, quase sempre, oferecendo respostas paliativas à população, e propõem ações de controle e repressão para o fortalecimento do projeto político neoliberal. Nesse cenário, importa refletir sobre os efeitos da dinâmica territorial da violência na vida de jovens da periferia, os dispositivos que compõem a rede de controle/enfrentamento à violência e seus impactos na construção de lentes teórico-metodológicas que instrumentalizem os/as pesquisadores/as ao manejo da produção de conhecimento no campo-tema juventude-violência. |