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Este estudo analisa dinâmicas sociais e psíquicas da repressão de condições de subalternidade observadas em região limítrofe do bairro de Bangu, na cidade do Rio de Janeiro. O fenômeno do racismo estrutural é explorado em relação a outros fatores de exclusão social, concernentes a gênero, habitação, trabalho e domínio do vernáculo, em meio a famílias responsáveis por discentes da Educação Básica. Trata-se, deste modo, de atentar a processos extraescolares que influem negativamente na relação dessas famílias com o aparelho escolar. No caso da luta antirracista, está em jogo a eficácia dos dispositivos normativos conquistados pelas militâncias negras nas últimas décadas. No caso dos outros fatores de exclusão, sua evidência tange as próprias condições de existência do operariado local como classe para si. O trabalho destaca o intenso diálogo entre a literatura antirracista e o conjunto das literaturas marxistas, propondo, paralelamente, um exercício validação de dados autobiográficos e autoetnográficos. Será explorada a hipótese de que a repressão ocorre como processo simultaneamente psíquico e ideológico, dimensões que tendem a reforçar-se mutuamente. |