Perfil de resistência bacteriana no pronto socorro de um hospital público do Distrito Federal antes e durante a pandemia de COVID-19
Autor: | Giovana Brandão Pasqual, Dafny Oliveira de Matos, Rubens dos Santos Samuel de Almeida, Ana Paula Paz de Lima, Rafael Santos Santana, Rodrigo Fonseca Lima |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2023 |
Předmět: | |
Zdroj: | Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 8, Iss s. 2 (2023) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2525-7323 2525-5010 |
DOI: | 10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.68 |
Popis: | Introdução: A resistência a antimicrobianos (ATM) (RAM) não é recente e corresponde a um problema de saúde pública em virtude de elevar o tempo de internação de pacientes, os gastos com a saúde e as taxas de morbidade e mortalidade da população. Inserido neste contexto, a pandemia de COVID-19 agravou notavelmente o uso indiscriminado de ATM nos hospitais Objetivos: Analisar o perfil microbiológico e de resistência de bactérias a antibióticos (ATB) utilizados no pronto-socorro de um hospital público do Distrito Federal antes e durante a pandemia de COVID-19. Material e Método: Pesquisa de natureza observacional retrospectiva, realizada a partir de laudos microbiológicos de culturas de sangue e de urina dos anos de 2018 a 2022. O perfil de resistência foi feito para os MO mais prevalentes em cada cultura e para todos os anos, associando também aos ATB mais usados na prática clínica. Foi analisada a presença dos ATM na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde e na Relação Nacional de Medicamentos (Rename), assim como foram categorizados segundo a classificação AwaRe. Resultados: Menos da metade dos ATB usados estavam na Rename e a maioria era classificada como Alerta. Foram analisados 523 laudos: 306 de hemoculturas (58,5%) e 217 de urina (41,5%). Quanto às hemoculturas, as espécies mais prevalentes são Staphylococcus epidermidis (N=49; 16,0%) e Staphylococcus aureus (N=46; 15,0%). Praticamente todos os principais MO aumentaram sua prevalência na pandemia, com destaque a Escherichia coli. A taxa de resistência dos MO de hemoculturas se apresentou alta tanto antes quanto durante a pandemia, principalmente para Staphylococcus aureus. Nos laudos de urina, os MO mais frequentes foram Escherichia coli (N=87; 40,1%), Klebsiella pneumoniae (N=45; 20,7%). A taxa de resistência de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae apresentaram redução durante a pandemia. Discussão e Conclusões: A presença de Klebsiella pneumoniae em boa parte das culturas estudadas neste trabalho se faz preocupante, visto ser responsável por várias infecções nosocomiais da corrente sanguínea, além de estar se mostrando resistente aos carbapenêmicos. Stenotrophomonas maltophilia em laudos de hemocultura é um grande indicativo de infecção decorrente da assistência intra-hospitalar. [2] Verificaram-se altas taxas MO multidroga resistente, fortalecendo a preocupação atual e requerendo intervenções ampliadas e de caráter multiprofissional. Faz-se necessária uma maior atenção por parte da equipe interprofissional do hospital quanto à prescrição de ATB, visto que o cenário de pandemia favorece o desenvolvimento de RAM, configura um risco à saúde coletiva e requer posicionamentos e condutas em variadas instâncias que permitam minimizá-los. |
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