Auto avaliação como estratégia educativa no contexto do programa de residência multiprofissional em saúde da família e saúde mental

Autor: Osmar Arruda da Ponte Neto, Márcia Maria Santos da Silva, Maria José Galdino Saraiva, Maria Socorro de Araújo Dias, Maristela Ines Osawa Vasconcelos, Ana Suelen Pedroza Cavalcante, José Reginaldo Feijão Parente
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Italian<br />Portuguese
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Tempus Actas de Saúde Coletiva, Vol 10, Iss 4, Pp 247-263 (2017)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1982-8829
DOI: 10.18569/tempus.v10i4.2363
Popis: Este artigo traz reflexões sobre a autoavaliação, no contexto da avaliação de programas de Pós-Graduação Lato Sensu, na modalidade de Residência Multiprofissional. Descreve o processo de construção e desenvolvimento da proposta de autoavaliação dos Programas de Residência Multiprofissional, desenvolvidos pela Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS), em Sobral-CE, realizada no formato de oficinas. Foram considerados como princípios norteadores do processo de autoavaliação a dialogicidade, a politicidade, a amorosidade e a participação, identificados como elementos do ato educativo nas Residências. O método avaliativo delineado pela EFSFVS contemplou os seguintes aspectos: autopercepção; corpo docente; coordenação do programa; e proposta pedagógica. Participaram aproximadamente 100 pessoas das oficinas avaliativas entre docentes, discentes e gestores. As oficinas ocorreram semanalmente e contemplaram três etapas: 1) Autoavaliação individual dos sujeitos; 2) Reflexões coletivas sobre o projeto pedagógico; e 3) Elaboração coletiva da carta avaliativa. Cada programa realizou a autoavaliação em momentos específicos, assegurando que somente os sujeitos envolvidos participariam das reflexões, haja vista o empoderamento sobre o processo e o respeito às questões éticas pertinentes a qualquer processo avaliativo. Alcançamos como importantes resultados a percepção de si (enquanto sujeitos e enquanto coletivos), o compartilhamento de percepções, a provocação de estranhamentos e o desencadeamento de mudanças. Consideramos, assim, que a autoavaliação contribuiu como instrumento de reflexão crítica e tomada de decisão para o aprimoramento dos referidos Programas. Consideramos que este modelo de avaliação possibilita a construção de um processo avaliativo pautado na emancipação, decisão democrática e crítica educativa, essenciais para que haja transformação.
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