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A displasia coxofemoral é uma afecção ortopédica de alta incidência que inicia no filhote com quadro de frouxidão articular e evolui para osteoartrose podendo causar quadros graves de dor e comprometer a qualidade de vida do animal. O seu desenvolvimento é multifatorial e há diversos tratamentos descritos. Em adultos, é consenso que o tratamento da doença é multifatorial e engloba manejo ambiental, uso de nutracêuticos, anti-inflamatórios e fisioterapia. Quando não há resposta ao tratamento conservador podem ser realizados procedimentos cirúrgicos como denervação acetabular, excisão artroplástica da cabeça femoral e substituição total do quadril. Em cães filhotes já há estudos que comprovam a influência hormonal, nutricional e do desenvolvimento de massa muscular na evolução da displasia coxofemoral. Contudo, não há relato prévio de protocolo fisiátrico para cães displásicos filhotes. Foi realizado o tratamento conservador de um cão, macho, da raça São Bernardo com grau grave de subluxação coxofemoral e desvio angular valgo dos quatro aos nove meses de idade. Com aplicação de eletroestimulação funcional, cinesioterapia e fotobiomodulação durante 30 sessões, obteve-se melhora significativa da resistência muscular e cardiovascular, maior facilidade para levantar, redução significativa da claudicação, ganho de massa muscular em região glútea e extensores da coxa e redução do desvio angular da articulação femorotibial. Conclui-se que as técnicas fisiátricas possuem potencial de controlar os fatores que influenciam negativamente para o desenvolvimento da displasia coxofemoral e podem ser incluídas no tratamento conservador em cães filhotes, contudo são necessários mais estudos. |