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Introdução/Objetivo: A hepatite B é uma doença infecciosa que se constitui em um dos mais importantes problemas de saúde pública brasileira pelo grande número de indivíduos atingidos e pelas possíveis complicações das formas agudas e crônicas. A doença é causada pelo vírus da hepatite B (VHB), que tem tropismo pelo fígado, e, na maioria das vezes, a manifestação clínica é silenciosa, o que prejudica o diagnóstico precoce e eleva as chances de agravamento. Além disso, o vírus da hepatite B é transmitido através do contato com o sangue contaminado, principalmente por relações sexuais desprotegidas. O objetivo do presente trabalho é realizar um estudo do perfil epidemiológico e sociodemográfico dos portadores do vírus da Hepatite B, para nortear ações de saúde que contribuam para o planejamento de intervenções de controle, tratamento e prevenção da doença. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e quantitativo referente à prevalência de Hepatite B no Brasil, no período de Janeiro de 2018 a Maio de 2023. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponível na plataforma TabNet/DATASUS, considerando as variáveis sexo, cor/raça e faixa etária para os casos de Hepatite B no país. Resultados: No período analisado ocorreram 6.445.378,12 casos, sendo mais prevalentes no ano de 2020. Quanto ao sexo, 64,5% homens sendo bastante superior à quantidade de mulheres acometidas, o que demonstra a vulnerabilidade do sexo masculino aos fatores de risco. Em relação à raça, cerca de 56% dos indivíduos acometidos pelo vírus da hepatite B são pardos, e aproximadamente 15% não foram identificados em nenhuma raça, observando-se o sub registro presente nesse quesito. Ademais, aproximadamente 65% dos relatos ocorrem entre 40 a 69 anos, sendo mais comum ainda entre os 60 a 69 anos, com cerca de 24% dos casos. Conclusão: Diante do exposto, o grande número de portadores de hepatite B, principalmente na população masculina e idosa, nos últimos anos no Brasil, aponta para a necessidade de ações efetivas de saúde pública que envolvam todos os níveis de atenção básica por meio não apenas de medidas preventivas, mas, sobretudo, educativas, que visem a propagação de informação à população acerca da doença, a fim de minimizar o número de casos de transmissão sexual e aumentar a proteção individual e coletiva. |