PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR INFECÇÃO CONFIRMADA POR SARS-COV-2 EM UM HOSPITAL DE CAMPANHA MUNICIPAL EM GOIÂNIA-GO

Autor: Cristielly Guimarães Franco, Moara Alves Santa Bárbara Borges, Marília Dalva Turchi, Cacilda Pedrosa de Oliveira, Daniella da Mata Padilha, Évellin Cândido de Assis Rodrigues, Natália Santana Do Nascimento, José Miguel de Deus, Marcelo Souza Cupertino de Barros
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 26, Iss , Pp 101809- (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2021.101809
Popis: Introdução/Objetivo: A COVID-19 é a doença causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2. Apresenta quadro clínico variável, podendo cursar com apresentações assintomáticas a quadros respiratórios graves. É considerada um importante problema de saúde pública por se tratar de uma doença altamente transmissível e com significativa letalidade intra-hospitalar. Ao longo da pandemia, foram criados hospitais de campanha para atender a alta demanda de pacientes com necessidade de hospitalização. Dessa forma, é relevante definir o perfil clinico-epidemiológico e desfechos em uma coorte de pacientes internados devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo SARS-CoV-2. Métodos: Coorte clínica de pacientes com idade >= 18 anos, internados devido a SRAG por SARS-CoV-2 em um hospital de campanha de Goiânia. A coleta de dados foi realizada por meio da revisão de prontuários, cujos dados foram inseridos na plataforma RedCap e analisados de forma descritiva. Resultado: Durante o período de abril a julho de 2020, foi avaliado um total 138 prontuários. Destes pacientes, 53% eram do sexo masculino, com mediana de idade de 57 anos, sendo 42% com idades acima de 61 anos, 38% com idades entre 41 e 60 anos e 20% com idades entre 21 e 40 anos. A média de dias de sintomas até a internação foi 6,3 dias. Dos 54% que apresentavam alguma comorbidade, 47% tinham doença cardiovascular, 49% obesidade, 28% diabetes e 8% alguma doença do trato respiratório. Clinicamente, 40% estiveram internados em unidade de terapia intensiva por uma mediana de 9 dias, 51,4% tiveram comprometimento do parênquima pulmonar > 50%, 21% necessitaram ventilação mecânica e, destes, 77% foram a óbito (IC95% 59-89). O RT-PCR foi o principal método diagnóstico utilizado para identificação da Covid-19 (91%). Como desfecho clínico, 75% receberam alta hospitalar, 21% evoluíram para óbito e 4% foram transferidos para outras instituições de saúde por motivos diversos. Conclusão: Os dados deste estudo contribuem para o conhecimento e avaliação clínica dos pacientes com COVID-19 provenientes de hospitais de campanha, permitindo traçar um perfil epidemiológico e identificar principais tipos de comorbidades que estão relacionadas com a gravidade da doença, a fim de diminuir complicações clínicas e mortalidade. Na amostra coletada, podemos observar que a população mais afetada na primeira onda em Goiânia foi do sexo masculino, com idade acima de 61 anos e portadores de obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes.
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