Aumento de Óbitos Domiciliares devido a Parada Cardiorrespiratória em Tempos de Pandemia de COVID-19

Autor: Nathalia Sernizon Guimarães, Taciana Malheiros Lima Carvalho, Jackson Machado-Pinto, Roger Lage, Renata Mascarenhas Bernardes, Alex Sander Sena Peres, Mariana Amaral Raposo, Ricardo Machado Carvalhais, Renan Avelino Mancini, Gabriella Yuka Shiomatsu, Bruna Carvalho Oliveira, Valéria de Melo Rodrigues, Maria do Carmo Barros de Melo, Unaí Tupinambás
Jazyk: English<br />Portuguese
Předmět:
Zdroj: Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Druh dokumentu: article
ISSN: 1678-4170
DOI: 10.36660/abc.20200547
Popis: Resumo Fundamento As doenças cardiovasculares constituem um grupo importante de causas de morte no Brasil. As doenças isquêmicas do coração são as principais causas de parada cardiorrespiratória, levando a um impacto na mortalidade devido às doenças cardiovasculares no sistema de saúde. Objetivo Avaliar o número de óbitos domiciliares por parada cardiorrespiratória notificados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em março de 2018, 2019 e 2020. Métodos Trata-se de um estudo observacional realizado a partir da análise de dados de mortalidade por parada cardiorrespiratória de cidadãos atendidos pelo SAMU em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foram analisadas as características sociais e clínicas e as informações de ocorrência. Foi avaliada a taxa de mortalidade por parada cardiorrespiratória em relação ao número total de atendimentos. Foi considerado um nível de significância de 95%. Resultados Houve um aumento nos óbitos domiciliares por parada cardiorrespiratória em março de 2020, em comparação com março de 2018 (p < 0,001) e março de 2019 (p = 0,050). Dos óbitos relatados em 2020, 63,8% dos pacientes tinham 60 anos ou mais; 63,7% das ocorrências foram à tarde e aproximadamente 87% dos casos de parada cardiorrespiratória notificados apresentavam comorbidades clínicas, com hipertensão arterial sistêmicas e parada cardíaca correspondendo a 22,87% e 13,03% dos casos relatados, respectivamente. A maioria da amostra avaliada deste estudo não teve acompanhamento médico (88,7%). Conclusão Considerando o aumento do número de óbitos, sugerimos reflexões e reajustes quanto ao monitoramento das doenças crônicas não transmissíveis durante a pandemia, bem como melhorias na vigilância dos óbitos. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):266-271)
Databáze: Directory of Open Access Journals