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Introdução: Um dos óbices de interesse global, na atualidade, é a concessão de sangue, já que este é um elemento de fundamental importância a fisiologia do corpo humano. Os hemocentros enfrentam impasses em resguardar o acervo ideal dessa substância, o que pode colocar em risco a vida e a saúde dos pacientes que precisem da doação. Essa falta de doadores e elevados índices de inaptidão clínica e sorológica para a doação podem resultar em déficit nos estoques de sangue, produzindo decorrências adversas para os indivíduos e para a saúde da comunidade. Portanto, é de essencial importância que se estimule de várias formas a doação de sangue, seja pela fidelização dos doadores ou pela mobilização continuada dos cidadãos. Objetivo: A presente pesquisa pretendeu traçar o perfil epidemiológico dos candidatos à oferta de sangue do Hemocentro Coordenador de Sergipe – HEMOSE. Metodologia: A pesquisa constitui-se de uma análise descritiva, retrospectiva e de abordagem quantitativa a partir de informações contidas no sistema HEMOVIDA durante o período de 2018 a 2022. Resultados: No período analisado, o Centro de Hemoterapia de Sergipe – HEMOSE, obteve um total de 163.154 requerentes a ofertar sangue, sendo que a representatividade à doação por tipo de doador no decorrer dos anos estudados foi 8,1% campanha, 1,9% convocado, 47,5% reposição, 42,5% voluntário. No que concerne à variável sexo 41,2% são indivíduos do sexo feminino e 58,8% são masculinos. Quanto ao nível de escolaridade 4,9% possuem ensino fundamental incompleto, 10,7% ensino fundamental completo, 40,6% ensino médio completo, 9,8% ensino médio incompleto, 19,1% ensino superior completo, 14,5% ensino superior incompleto e 0,4% não alfabetizados. Com relação a localização 50,5% são da zona urbana e 43,9% da zona rural e 5,7% de outros estados. No que toca a candidatos à doação novos o maior índice foi no ano de 2022, 41,1% (13.647) e candidatos de repetição o maior índice foi no ano de 2020, 67,4% (19.603). No que corresponde a inaptidão clínica o maior índice foi no ano de 2018 23,1% (7.929), e inaptidão na coleta foi no ano de 2018 5,3% (1.411). Em referência as doações aptas o maior índice foi no ano de 2019 21,1% (25.797). Discussão: O baixo índice de candidatos à doação no ano de 2020 chegando a 46,2% (29.068) foi devido a pandemia, apesar disso as doações continuaram acontecendo com o cadastro e o agendamento, para evitar aglomerações e filas. Outro fator relaciona-se com ao mês de férias. É fundamental ressaltar que a doação de sangue é um ato voluntário, de amparo e assistência que um indivíduo realiza na intenção de ajudar o próximo. É imperioso salientar os motivos que fazem com que os indivíduos continuem a oferecer sangue, tanto por interesses individuais, como por vantagens no local de trabalho, quanto por atitudes altruístas. Quanto à aptidão e inaptidão, verifica-se que 21,1% dos candidatos no ano de 2019 estavam aptos à doação de sangue e que a porcentagem de inaptos, também permanece menor quando comparada aos candidatos aptos. A presença de candidatos com boa saúde e mobilizados pela precisão da doação, mas impossibilitados para a doação de sangue, torna possível um impacto negativo em suas doações subsequentes e no comprometimento da captação de potenciais doadores. Conclusão: Desta forma, conclui-se com esta perquirição que a representação adequada a um concessor à doação de sangue deve ser continuamente revisada, uma vez que cada coletividade tem suas características, mas mantendo qualidade e continuidade, com a intervenção ativa e constante de toda a equipe multidisciplinar da saúde envolvidos nesse processo. |