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RESUMO: Este artigo apresenta uma reflexão acerca do ensino do pleonasmo na escola básica, partindo das concepções de linguagem e de gramática, postuladas por Travaglia (2009), sobretudo. Parte-se do fato de que, historicamente, prevaleceu no ensino, uma concepção de gramática normativa e tradicional, que fragmenta a língua, enquanto utilização social e também, um modelo gramatical ideal, considerando o antagonismo do pleonasmo como figura de sintaxe ou linguagem e sua classificação como vício de linguagem. Metodologicamente, partimos de uma pesquisa exploratória, pela análise bibliográfica, à luz de autores como: Abaurre; Abaurre; Pontara (2010), Bakhtin (2009), Bechara (2006), Cegalla (2008), Geraldi (2012), Koch (2012), Martelotta (2013), Soares (1998), entre outros. Busca-se contemplar as relações entre os conceitos de figura de linguagem e vício de linguagem e como eles podem convergir em alguns aspectos. No caso do pleonasmo vicioso, que, por ser considerado defeituoso por utilizar repetições desnecessárias nas construções, vai de encontro com o conceito de pleonasmo como figura de linguagem, visto que, nesse, também são utilizadas repetições, que não são tidas como desnecessárias, por serem consideradas um recurso estilístico utilizado para intensificar uma ideia, que é muito usual na literatura, também conhecido como pleonasmo literário, enquanto o pleonasmo vicioso, que mais é comumente utilizado na oralidade não possui essa mesma denominação, no entanto, em última análise, eles possuem a mesma finalidade de evidenciar algo. Diante disso, refletimos sobre a necessidade de adotarmos modelos didáticos, partindo de uma concepção interacionista de linguagem, que pode trazer implicações pedagógicas que melhorem processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Ensino de Língua Portuguesa. Pleonasmo. Figura de linguagem; Vício de linguagem. Prática pedagógica. ABSTRACT: This article presents a reflection about the teaching of pleonasm in the basic school, starting from the conceptions of language and grammar postulated by Travaglia (2009), above all. It begins with the fact that, historically, a conception of normative and traditional grammar, which fragments language as a social use and also an ideal grammatical model, has prevailed in teaching, considering the antagonism of pleonasm as a figure of syntax or language and classification as language addiction. Methodologically, we start from an exploratory research, by the bibliographical analysis, in the light of authors like: Abaurre; Abaurre; (2010), Bakhtin (2009), Bechara (2006), Cegalla (2008), Geraldi (2012), Koch (2012), Martelotta (2013) and Soares (1998). It is sought to contemplate the relations between the concepts of figure of language and addiction of language and how they can converge in some aspects. In the case of vicious pleonasm, which, because it is considered defective by using unnecessary repetitions in the constructions, goes against the concept of pleonasm as a figure of language, since in this, repetitions are also used, which are not considered as unnecessary, for are considered a stylistic resource used to intensify an idea, which is very usual in literature, also known as literary pleonasm, while the vicious pleonasm, which is more commonly used in orality does not have this same denomination, however, in the final analysis, they have the same purpose of evidencing something. In light of this, we reflect on the need to adopt didactic models, starting from an interactionist conception of language, which can have pedagogical implications that improve teaching and learning process. Keywords: Teaching of Portuguese Language. Pleonasm. Figure of speech; Addiction of language. Pedagogical practice. |