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Os benefícios da micropropagação para a agricultura são amplamente conhecidos: elevadas produtividade, homogeneidade e fitossanidade das mudas, em curtos períodos de produção (Torres et al, 1998). Assim, essa técnica também apresenta um papel de destaque na bananicultura. No Brasil, a cv. Maçã é de grande aceitação. No entanto, essa cultivar é suscetível ao mal-do-panamá e ao mal-da-sigatoka (amarela e negra). Os danos causados por essas doenças levam a redução na produtividade do bananal e, com isso, a prejuízos financeiros para o produtor (Borges et al, 2004). Nos últimos anos, têm sido desenvolvidas cultivares resistentes a esses males. É na introdução rápida destas no cultivo comercial que a micropropagação têm se destacado como uma alternativa promissora. Isso porque, essa técnica permite a disseminação acelerada das cultivares elite e, com isso, pode contribuir para manutenção da rentabilidade do cultivo de banana (Braga et al, 2001). Dentre os diversos genótipos elite atuais, têm-se a cv. Caipira. Esta é resistente ao mal-do-panamá e ao mal da sigatoka amarela e negra. Ainda, a cv. Caipira apresenta características de campo e fruto semelhantes a cv. Maçã (Borges et al, 2004). A citocinina 6-benzilaminopurina (BAP) é amplamente empregada na micropropagação de bananeira. A dose administrada pode variar entre 1 a 15mg.L-1 BAP (Borges et al, 2006). Braga et al (2001), trabalhando com a cv. Caipira (AAA), utilizaram o fitorregulador BAP, na dose de 5 mg.L-1, no estabelecimento e na multiplicação. Foi concluído que essa dose não estimulou uma proliferação de brotos eficiente. Foi sugerido que, ao longo das subculturas, a diminuição ou alternância do uso do fitorregulador poderia levar a resultados mais positivos. Diante do exposto, este trabalho visou avaliar a resposta da cv. Caipira a diferentes doses de BAP, durante as fases de estabelecimento e aos primeiro e segundo subcultivos da fase de multiplicação. |