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O tabagismo tem sido redefinido como uma doença crônica co-ocorrente de importância para outras doenças crônicas não transmissíveis e agravos a saúde. Assim esta investigação objetiva traçar o perfil da composição corporal e óssea de pacientes tabagistas em um Centro de Referência em Reabilitação e Assistência à Saúde. Trata-se de investigação seccional, de métodos de procedimentos próprios da pesquisa epidemiológica descritiva e de abordagem quantitativa. A pesquisa realizou-se em um Centro de Referência em Reabilitação e Assistência à Saúde no município de São Paulo. Aplicou-se um questionário sociodemográfico e fatores relacionados, o instrumento Fagerström de avaliação da dependência nicotínica, e caracterização socioeconômica realizada por meio do Critério Brasil 2015. Realizou-se Absortometria Radiológica de Raio X de Dupla Energia – DEXA de corpo total, coluna lombar, colo do fêmur e fêmur total. Avaliaram-se 24 tabagistas com idade entre 45 e 75 anos, de ambos os sexos, idade média de 58,6±5,9 anos, Índice de Massa Corporal médio de 26,7±3,4, maioria do sexo feminino 16 (66%). Grau de dependência nicotínica prevalente baixa 09 (37,5%), 16 (66%) declararam ser estressados, e 14 (58%) pertencem a classe sócio econômica C2, 10 (41%) tem o ensino fundamental incompleto. A saúde óssea nesta amostra entre mulheres apresentou proporções de osteopenia e osteoporose respectivamente: na coluna lombar 31,3% e 25%, na cabeça do fêmur 56,2% e 6,2%, fêmur total 31,3% e 12,5%, no corpo total 31,3% e 6,2%. Já os homens apresentaram osteopenia e osteoporose respectivamente nas seguintes proporções: coluna lombar 37,5% e 25,0%, cabeça do fêmur 62,5% e 12,5%, fêmur total direito e corpo total 37.5% e 12,5%. Houve baixo Índice Massa Magra para mulheres e homens respectivamente em 18,7% e 12,5%. Já em relação ao Índice de Gordura corporal para mulheres e homens respectivamente: sobrepeso 68,7% e 50,0%, obeso classe I 6,2% e 25%. Os indivíduos tabagistas avaliados apresentam maiores perdas percentuais de massa muscular e densidade mineral óssea em todos os segmentos investigados, do que as prevalências em não tabagistas no cenário nacional. |