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Objetivo: Avaliar a satisfação profissional em medicina geral e familiar (MGF) quanto a questões pessoais, desempenho de competências especiais requeridas, organização do trabalho, relação médico-paciente, ensino e aprendizagem, equilíbrio pessoal e fatores de insatisfação. Métodos: Estudo observacional transversal realizado em 2021 via questionário web, especificamente construído e validado, estruturado em seis grupos sobre fatores de satisfação e um sobre insatisfação. Avaliou-se o índice de satisfação, em percentagem, pela importância relativa dos sete grupos em média ponderada. O convite para resposta foi difundido nas redes sociais específicas de médicos especialistas ou internos de MGF. Resultados: Amostra representativa de n=343, 106 (30,9%) do género masculino e 105 internos da especialidade (30,6%) sendo, destes, 79 (75,2%) do género feminino. O grupo etário 31-40 anos foi o mais representado: 40,8%. Nos seis grupos de fatores de satisfação a média nas respostas em intervalo [1-4] foi de 3,29, sendo menor no grupo Fatores p/ equilíbrio pessoal (2,13). Em Fatores de insatisfação, a média foi de 3,36. O índice de satisfação verificou uma média global de 68,9%. Discussão: Sem outros resultados para comparação, a média elevada em Fatores de insatisfação e baixa em Fatores para equilíbrio pessoal implicam reflexão, mesmo que em pandemia COVID-19 e em época reflexiva sobre o modelo público de prestação da MGF. Conclusão: Os médicos de MGF gostam da sua profissão. O equilíbrio pessoal não se verifica, sendo fatores de insatisfação a carga de trabalho burocrático, o volume de trabalho, a pressão mental excessiva, o salário inadequado e o não reconhecimento pelas administrações, restantes especialidades médicas e sociedade em geral. |