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Este artigo tem como objetivo discutir os principais resultados apresentados pelas pesquisas “Relações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básica” e a pesquisa “Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Identidade: desafios e implicações nas Práticas pedagógicas”[1]. Dialogamos com os métodos adotados nas pesquisas, a etnoescrevivência e a pesquisa ação colaborativa, tomando os Ateliês de Pesquisa (APs) como dispositivo de construção de dados e intervenção, que possibilitou a construção de um movimento (auto)formativo e coautoral, pautado na colaboração e na reflexão sobre a prática. As discussões teóricas dialogam principalmente com hooks (2017); Lima (2015); Pimenta (2005); Silva e Costa (2020) e outros/as autores/as. Os resultados apontaram que ao tomar como centralidade as narrativas da experiência docente e suas histórias de vida no entrelace do desenvolvimento profissional, os APs provocaram deslocamentos nos processos formativos com os temas raça e gênero, produzindo reflexão e alteração nas práticas pedagógicas. Demonstraram ainda, que não basta ser colaborador da pesquisa para que a cocriação e coautoria se estabeleçam, é fundamental que o ethos da confiança, a relação ética e horizontal seja construída ao longo do processo, haja vista que o modus operandi dos Ateliês de Pesquisa prima pela horizontalidade, invenção e experiência ancoradas no real do cotidiano escolar como propulsoras da produção do conhecimento pedagógico considerado como conhecimento científico do campo da docência. |