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A passagem do tempo e o desenvolvimento em etapas, assegurado ao ser humano, não costuma ser um atributo do monstro. Imagem perene que não se altera e que obedece outra possibilidade temporal, encarnação de estereótipos ancestrais ou visão delirante de uma continuidade ameaçadora, o monstro quando encarnado no processo histórico deve, necessariamente, abandonar sua infância. Contudo, há variedade nesse processo; analisaremos, neste artigo, duas dessas variedades, ambas leituras inspiradas da narrativo do Golem: o Golem de Gustav Meyrink e a "Sarpele cu Ochelari" de Horia Bonciu. |